Projeto de Lei da vereadora Neiva Hernandez dá o nome de Armando Sá - Baiano ao campo de futebol do Parque Municipal

Homenagem 05/07/2017
Projeto de Lei da vereadora Neiva Hernandez dá o nome de Armando Sá - Baiano ao campo de futebol do Parque Municipal

Uma homenagem muito justa! Assim pode ser definida a aprovação do projeto de Lei 0030/2017, de autoria da vereadora Neiva Hernandez, que denomina Armando Sá – Baiano para o campo de futebol do Parque Benedito Bueno de Morais, durante a última sessão realizada na Câmara, na quinta-feira passada, dia 29.
De acordo com a vereadora, a vida do Baiano está intimamente ligada à história do esporte de Franco da Rocha. Desta forma, eternizar o seu nome em “um terreno” que ele conhecia tão bem faz justiça e reconhece o trabalho que realizou na cidade durante toda a sua vida.
O projeto foi aprovado por unanimidade e a sessão contou com a presença do advogado Eduardo Sá, filho mais velho do Baiano. “É uma grande honra participar deste momento de homenagem ao meu pai”, afirmou doutor Eduardo. “Em nome da minha mãe e dos meus irmãos, agradeço imensamente a consideração da vereadora Neiva Hernandez ao propor o projeto e aos demais vereadores por terem aprovado.”
ARMANDO SÁ – BAIANO
Nascido em São Paulo em 04/07/1937, foi abandonado ainda recém-nascido, e foi levado e recebido pelas Freiras do antigo Asilo Sampaio Viana, que era localizado ao lado do Estádio do Pacaembu, onde recebeu o nome de Armando Sá, entretanto, nem ele soube explicar o porquê deste nome de família. Aos sete anos foi transferido para uma escola que funcionava no Hospital do Juquery, recebendo apoio da família do Dr. Raul Malta Moreira, de onde surgiu uma amizade, com os filhos do Dr. Raul, para toda a vida, que ele próprio comparava como se fossem irmãos, sendo este o primeiro e principal apoio para sua história de superação.
No Juquery, começou a trabalhar para uma empresa que prestava serviço para a padaria do hospital. Serviu o exército, voltou e conseguiu, com a ajuda do Senhor Cristalino e de Geraldo de Oliveira, a sua nomeação para um cargo como funcionário público para trabalhar na padaria, chegando ao cargo de encarregado, e depois de longos anos de serviço ali se aposentou.
O apelido, Baiano, é por causa de sua cabeça gorda e não por causa de sua origem.
São-paulino excêntrico, foi uma das figuras mais conhecidas de Franco da Rocha, tanto no meio esportivo, quanto na própria comunidade, pois, bastava o são Paulo perder que ninguém o encontrava, mas quando o São Paulo ganhava, ele enchia a paciência, tirando sarro, de quase todos os que o conhecia, fazendo plantão nas ruas centrais do município.
E foi pelo esporte, especificamente, pelo futebol, que caiu nas graças de sua legião de amigos, pois, através de seu empenho em sempre ter como meta “bom de bola, bom na escola”, buscou dar a orientação que não teve, não só aos seus filhos, mas a todos os seus ditos “alunos”, para os quais sempre nutria os melhores sentimentos.
De seu esforço nos treinos que dava a esses meninos, formou-se uma geração de atletas, como o Marcio Ximbica, que foi campeão sul-americano pela seleção brasileira, e o gol da vitória, por um a zero, em cima da Argentina, foi dele. E ainda não podemos esquecer de Artur Morelato, Rodrigo Anzelotti, Felipe Vilafranca, Robertinho, dentre tantos outros meninos que frequentavam os treinos que o Baiano dava.
Foi casado durante 41 anos com a Dona Zezé, com quem Baiano construiu sua família na cidade, e com esforço conseguiu a façanha de ver os três filhos (Eduardo, Ederson e Emilene) formados em nível superior, pois, sempre falava que a melhor herança que ele poderia deixar seria os estudos que ele próprio não teve, pois, Baiano somente cursou até o segundo ano do primário.
Esta figura denominada Baiano, para muitos dos munícipes franco-rochenses, sempre foi o emblema do futebol de nosso município, e sempre é lembrado com alegria nas rodas de conversas quando seu nome é mencionado.